PSL vai avaliar deputados em comissão de ética, após crise com Bolsonaro
O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, decidiu que vai analisar a conduta ética de deputados do partido, após a crise envolvendo o presidente Jair Bolsonaro (PSL). O objetivo é avaliar se há parlamentares "jogando contra" a própria sigla, ou manchando a sua imagem, segundo assessores próximos a Bivar.
O trabalho será feito pela comissão de ética do partido, com base no código de conduta da sigla. "Bivar sente que há necessidade de resguardar o partido nessa crise e de dizer que o PSL não é se uma república das bananas", disse um assessor.
Segundo assessores, Bivar teria ficado irritado com insinuações de que ele não seria transparente com os recursos do partido. O presidente da sigla argumentou que sempre prestou contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e as divulgou em grupos de whatsapp de parlamentares do PSL.
A crise começou quando Bolsonaro deu indícios de que deixaria o PSL e afirmou que Bivar estava "queimado pra caramba". Bolsonaro foi apoiado por um grupo de 20 parlamentares, que anunciou que também deixaria a sigla, caso o presidente tomasse a decisão.
Em entrevista ao Globo nesta quinta-feira (10), Bivar disse que o presidente "não deve estar sendo bem aconselhado" e que estão vendendo Bolsonaro como se fosse propriedade deles para forçar um domínio no partido e fazer coisas "que não seriam éticas". Porém, não citou nenhuma conduta específica.
Após a crise, o PSL destituiu quatro deputados que ocupavam posições de destaque na Câmara dos Deputados. Carlos Jordy (RJ), Filipe Barros (PR), Alê Silva (MG) e Aline Sleutjes (PR) perderam seus cargos em comissões e lideranças.
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