Gilmar Mendes ri de pedido da Lava Jato para retratação ao grupo
Constança Rezende
02/10/2019 17h17
Gilmar Mendes durante a quarta sessão de julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE
Não será desta vez que será feita a trégua entre o ministro do STF (Supremo Tribunal), Gilmar Mendes, e os procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Nesta quarta-feira (2), Gilmar não conteve o riso ao saber que o procurador Almir Sanches, da força-tarefa no Rio, cobrou uma retratação sua ao grupo.
Nos corredores do STF, o ministro garantiu que não haverá retratação alguma de sua parte aos procuradores. "Não devo nenhuma desculpa", afirmou.
O pedido do procurador foi feito após a deflagração da Operação Armadeira, que prendeu uma quadrilha de funcionários da Receita Federal, nesta quarta-feira (2). Segundo o MPF, os auditores extorquiam investigados na Lava Jato.
Um dos presos foi Marco Aurélio da Silva Canal, acusado por Gilmar de ter sido o responsável pela produção de dossiês contra ele e sua mulher. O caso, porém, nada teve a ver com a operação desta quarta.
Em entrevistas à imprensa, Gilmar chegou a insinuar que as investigações clandestinas de Canal contra sua família foram feitas a mando do MPF.
Canal era supervisor nacional da Equipe Especial de Programação da Lava Jato. Sanches argumentou que a operação contra o funcionário existia antes do tal documento contra Gilmar.
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É colunista do UOL, em Brasília. Passou pelas redações do Estadão, Jornal O Dia e Jornal do Commercio.
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